E aí, pessoal! Pedro Bagattini por aqui, de volta, direto do epicentro da inovação no Brasil: o AI Festival da StartSe, em São Paulo. Ontem já foi um show de insights, com a visão poderosa do Junior Borneli sobre Inteligência Humana + Inteligência Artificial = Inteligência Aumentada, algo que batemos forte na AE4. Hoje, o Dia 2, o palco ferveu ainda mais.

Este festival, que reúne mais de três mil pessoas, não é apenas um evento; é um termômetro do que está por vir na IA global. Com a presença de executivos da OpenAI, Lovable, Figma, ElevenLabs e a estreia da Manus AI da China, e patrocinadores como Google Cloud e AWS, a gente não só ouve o futuro, a gente vê ele acontecer. É a nossa bússola para entender como aplicar a IA nos negócios.

A gente viu de perto como a IA não é papo de amanhã, é resultado de hoje. E se liga nos principais pontos que anotei pra você.

Aceleração Sem Freio

A gente fala muito de velocidade e transformação, mas o AI Festival escancarou a real: o mundo não está esperando. Conforme o Luiz Bagattini sempre alerta, existe um “apagão de relevância”. Empresas e profissionais que não se adaptam, correm o risco de se tornarem obsoletos. A IA não é uma opção, é uma necessidade.

O Maurício Benvenutti, um dos sócios da StartSe nas operações no Vale do Silício, trouxe uma perspectiva histórica pesada: a invenção da prensa de Gutenberg revolucionou a disseminação do conhecimento. A IA, ele diz, é a “nova prensa”, só que 100 vezes mais impactante que a internet 20 anos atrás. Por quê? Pelo volume de investimento e pela desproporcionalidade dos resultados que ela entrega.

“A IA não é o futuro, é o presente acelerado.”

Afinal, a IA não é algo que “virá”. Como o Ted Weber Gola (líder de criatividade do Google) destacou, a IA existe desde 1956. O que estamos vivendo é uma revolução cognitiva que torna nossa capacidade de pensar e imaginar exponencial. E se o ChatGPT já alcançou em 2 anos o que a internet levou 14 para ter de usuários, a velocidade de adoção é assustadora.

O Diálogo com a Máquina

O festival mostrou que a IA já está em todo lugar, de forma cada vez mais integrada:

• Design e Criatividade com a Figma: A Débora Mioranzza (líder do Figma na América Latina) e a Virgínia Bonfane (líder de desenvolvimento de produtos da XP) apresentaram como a Figma, com o Figma Bake, está usando IA para ir da ideia ao protótipo e, em breve, ao código, tudo em minutos. O designer agora é um estrategista, usando a IA para acelerar o processo criativo e garantir a consistência da marca.

• Voz Humanizada com ElevenLabs: A ElevenLabs (representada pelo Brunno Santos) mostrou como a IA de voz não é mais “robótica”. Com sotaque, entonação e até regionalização, ela cria vozes que conectam com o público. Imagine um assistente de voz que entende e responde com o sotaque mineiro ou nordestino. Isso é ouro para o atendimento ao cliente, cobrança e até educação. O Brasil é o terceiro maior tráfego mundial para a ElevenLabs, o que prova a demanda latente do brasileiro por essa tecnologia.

• Automação Extrema com Agentes Inteligentes: A Manus AI (China), com Fangzhou Chen, uma das líderes globais em IA, mostrou como estão criando “máquinas virtuais” e “agentes” que rodam tarefas complexas sem precisar do seu computador físico. Eles falam em “codificar é coisa do passado”, pois a IA vai criar software em tempo real, só com sua descrição.

IA no Coração das Empresas

Grandes empresas já estão colhendo frutos da IA no seu core business:

• Porto e a Plataforma Genial: O Marcos Sirelli (CTO da Porto) compartilhou a jornada de IA de uma empresa de 80 anos. Eles criaram o “Genial”, uma plataforma interna que centraliza o uso de LLMs, garantindo segurança, governança e mensuração de valor. Reduziram em 85% o tempo de preparação para o desenvolvimento de novas soluções e otimizaram custos, mostrando que a IA transforma do RH ao financeiro.

• Amazon AWS e a Obsessão pelo Cliente: O Ricardo Alem (diretor da AWS para Latam) enfatizou a missão da Amazon de ser a empresa mais centrada no cliente do mundo. Para isso, usam IA há mais de 27 anos, priorizando velocidade e escala na entrega de produtos e serviços. Ele destacou o conceito de “working backwards” – começar pelo problema do cliente e, só depois, pensar na solução tecnológica. A IA é usada para tudo: otimizar rotas, inspecionar produtos por imagem, e até no Rufus, um assistente de compras conversacional.

• Itaú e a IA no Setor Financeiro: O Carlos Mazzei (CIO do Itaú) mostrou como o banco está usando IA para replicar processos cognitivos. Desde o Pix WhatsApp (transferências por voz), o “Inteligência Itaú Investimentos” (que otimiza carteiras com 22 mil simulações por cliente), até o “Inteligência Itaú Emps” para PJ. Ele enfatizou que o segredo é ter dados democratizados e governados, e um time de “Responsible AI” para garantir a ética e o viés das respostas.

“O novo diferencial competitivo é saber pensar com a IA.”

O Grande Jogo dos Agentes

Os agentes de IA foram um dos temas mais quentes do Dia 2. Eles prometem resolver problemas complexos, mas com um desafio: governança e controle.

• A Amazon já usa agentes para reduzir o onboarding de times de vendas em 67% e modernizar códigos (o que levaria 4.500 anos, foi feito em frações de tempo).
• A Zup (André Palma) mostrou como eles usam agentes para otimizar a produtividade no software, com ganhos de 25% a 30%.
• O Maurício Benvenutti fez uma provocação: 15% das decisões executivas serão tomadas por agentes de IA autônomos até 2028. Estamos preparados para auditar a performance dos nossos “colegas” robôs?
• Astrid Vasconcellos (Tools for Humanity, do criador do ChatGPT) falou da Worldcoin, um projeto para criar uma “prova de humanidade digital” para combater fraudes e verificar quem é humano online. É a base para confiar em um futuro onde agentes farão tarefas por nós.

A IA no Bolso

A Qualcomm (representada pelo Luiz Vieira) revelou uma grande verdade: a IA está se movendo para mais perto do usuário, nos próprios aparelhos (smartphones, carros, relógios). A compra da Arduino pela Qualcomm, que tem 35 milhões de desenvolvedores, mostra a aposta em IA na “borda” (edge AI), onde você pode programar direto no chip.

O motivo? Eficiência e custo. Rodar tudo na nuvem é caro. Ter parte da IA rodando no seu dispositivo, como um “mini data center pessoal”, é o futuro.

Sua Missão: Ser o Mestre da IA, Não o Escravo!

O AI Festival da StartSe foi uma imersão que confirmou tudo que a gente já acredita na AE4 Educação. A IA não é um bicho de sete cabeças; é um conjunto de ferramentas que exige curiosidade, estratégia e, acima de tudo, a sua Inteligência Humana.

A IA está aqui para amplificar você, não para te substituir. E quem não a usa com inteligência, será liderado por quem já a domina. Não deixe que a ineficiência te impeça de prosperar!